Ferramenta facilitadora na comunicação do socorrista com a vítima surda

Abstract

De acordo com o Censo Demográfico de 2010, mais de 5% da população brasileira possui alguma dificuldade auditiva. Nesse contexto, esta pesquisa teve o intuito de elaborar uma ferramenta que contribuísse para um atendimento mínimo satisfatório ao paciente surdo dado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). A partir dos estudos realizados, foi observado que no CBMDF ainda não existe nenhuma iniciativa que norteie o socorrista caso se depare com um atendimento envolvendo uma vítima surda. Para isso, foram aplicados questionários on-line aos socorristas a fim de levantar dados e subsidiar o trabalho em questão. Como resultado, destacou-se o fato de mais da metade da amostra já ter atendido um indivíduo surdo, da comunicação mais utilizada ter sido a escrita e de 73% dos militares da amostra não possuírem nenhum conhecimento de Libras. No escopo do atendimento pré-hospitalar, é necessário que o entendimento da explanação da vítima seja eficiente, cuidadoso e prudente, pois a interpretação da situação pelo socorrista irá direcionar todo o atendimento. Sendo assim, é imprescindível que a comunicação seja clara e eficiente. Ademais, para melhorar a interação do socorrista com o surdo na assistência prestada pelo CBMDF, foi desenvolvido um tutorial de atendimento, que o socorrista poderá utilizar como uma ferramenta de trabalho nesse tipo de atendimento. No entanto, cabe frisar que o desenvolvimento desse vídeo não extingue a necessidade de capacitação dos socorristas do CBMDF no que diz respeito a Língua Brasileira de Sinais.

According to the 2010 Demographic Census, more than 5% of the Brazilian population has some hearing difficulty. In this context, this research aimed to develop a tool that would contribute to a satisfactory minimum care for deaf patients given by the Federal District Military Fire Department (CBMDF). From the studies carried out, it was observed that in the CBMDF there is still no initiative to guide the rescuer in case he/she comes across a service involving a deaf victim. For this proposal, online questionnaires were applied to rescuers in order to collect data and support the research in question. As a result, it was highlighted the fact that more than half of the sample had already attended a deaf individual, the most used communication was written and that 73% of the firefighters in the sample did not have any knowledge of Libras. In the scope of pre-hospital care, it is necessary that the understanding of the victim's explanation is efficient, careful and prudent, as the interpretation of the situation by the rescuer will guide the entire care. Therefore, it is essential that communication is clear and efficient. Furthermore, to improve the interaction of the rescuer with the deaf in the assistance provided by the CBMDF, a tutorial was developed, which the rescuer can use as a working tool in this type of assistance. However, it should be noted that the development of this video does not extinguish the need for training of CBMDF rescuers with regard to Brazilian Sign Language.