Atendimento pré-hospitalar voltado para o paciente com TEA: o uso da comunicação alternativa e comunicativa

Abstract

O presente artigo analisa a aplicabilidade da Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA) no atendimento pré-hospitalar (APH) a pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com foco nas atividades do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). O TEA caracteriza-se por alterações no neurodesenvolvimento que comprometem a comunicação e a interação social, dificultando o atendimento em emergências. A pesquisa, de caráter qualitativo, foi conduzida por meio de revisão bibliográfica em bases científicas como Google Acadêmico, SciELO e a Biblioteca Digital do CBMDF, analisando estudos nacionais que demonstram a eficácia de métodos como o Picture Exchange Communication System (PECS), a Fala Sinalizada e a Modelagem Apoiadora (AMI). Os resultados apontam que o uso da CAA pode viabilizar uma comunicação mais eficiente, humanizada e segura entre socorristas e pacientes com TEA, especialmente durante a anamnese, reduzindo níveis de estresse e promovendo maior colaboração. No entanto, desafios como o custo dos dispositivos de alta tecnologia, a necessidade de capacitação dos profissionais e a ausência de estudos aplicados ao contexto emergencial brasileiro ainda limitam a implementação ampla da CAA. Conclui-se que a incorporação de ferramentas de CAA aos protocolos operacionais do CBMDF representa um avanço para o atendimento inclusivo, devendo ser acompanhada de treinamentos específicos e novas pesquisas práticas.

This article analyzes the applicability of Augmentative and Alternative Communication (AAC) in pre-hospital care (PHC) for patients with Autism Spectrum Disorder (ASD), focusing on the activities of the Federal District Military Fire Department (CBMDF) in Brazil. ASD is characterized by neurodevelopmental impairments that hinder communication and social interaction, complicating emergency response. This qualitative study was conducted through a literature review in academic databases such as Google Scholar, SciELO, and the CBMDF Digital Library, analyzing national studies that demonstrate the effectiveness of systems such as the Picture Exchange Communication System (PECS), Signed Speech, and Aided Modeling Intervention (AMI). The results indicate that AAC enables more efficient, humane, and safer communication between first responders and patients with ASD, particularly duringanamnesis, by reducing stress and promoting better cooperation. However, challenges remain, including the high cost of assistive technologies, the need for professional training, and the lack of field studies focused on emergency settings. It is concluded that the integration of AAC tools into CBMDF operational protocols would represent progress toward inclusive care, but must be supported by targeted training and further applied research.